top of page

Um olhar para a vida

Lutou ferozmente até ver seu corpo deitado ao chão

Não mais lutou

Estático ficou

Então percebeu que na suavidade dos acontecimentos

Um silêncio sempre surge

Não há o que temer

Apenas a escuridão do próprio ser

Que agora se culpa por ver o próprio corpo

Aquele que lhe serviu de instrumento

Para andar no movimento

Tanto ódio nele perpetuou

Que agora ele acabou

Desgarrado de sua matriz

Pobre homem nem imaginou

Que traria à própria sorte

A dor amarga da morte

De uma parte tão sua

Agora jogada ao chão

Como um boneco de papelão

Renata Feltrin Stokler

 
 
2020 © RENATA & KLANDER ESCRITORES. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
bottom of page