Pensei que o amor fosse um mito, em um lugar distante, intocável, algo a ser perseguido, mas nunca encontrado. Pensei que o amor fosse luz que ao tocarmos apagaríamos com nossa sombra, um lugar com o qual sonhamos, mas que sempre sumiria ao acordarmos. O calor que vem apenas como uma onda de fogo, rápida, passageira, da qual só sentimos um breve rastro deixado pelas cinzas. Ainda não sei a verdadeira dimensão do amor, mas quando cheguei perto o suficiente para tocá-lo, ele se abriu como o céu azul em meio à tempestade, como um abraço carinhoso em meio à guerra, como a esperança que nos mantém vivos diante da fome e da indiferença. Pude ver seu olhar em todo àquele que vê, exatamente como o raio de luz, forte e luminoso que trouxe você.
Renata Feltrin
