Como água suja sinto minha energia correr
Cada atitude refletindo minhas mais amargas ilusões
Meus medos e fantasias se deslocam para alto grau de iniciação
Com poder para destruir qualquer fluído que ouse purificar-me
Sinto-me perdida, em uma prisão
Em um tempo em que não sei quem sou
Longe de tudo que me faz sorrir
Que me faz ver
Olhos vendados
Tudo é aceito
Cada conselho maldito
Cada sombra que se aproxima
Acolhidos aos abraços
Com uma inconsequência absoluta
Banhada na necessidade de agarrar-me a algo
Num templo de falsas imagens
Petrificadas por meus piores contratempos
Olho e não vejo
Olho novamente
De novo
Talvez uma breve brisa
Faça-me sentir novamente
O cheiro suave e doce
Daquela que um dia fui
Sou e para sempre
Serei
Renata Feltrin